domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bukowski sugere:

























Acho que você tem que enfiar a cara na lama, de vez em quando, acho que você tem que saber o que é uma prisão, o que é um hospital. Acho que você tem que saber o que é ficar sem comer por uns quatro ou cinco dias. Acho que viver com mulheres loucas faz bem para a espinha. Acho que você pode escrever com satisfação e liberdade depois de passar pelo aperto...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Phillipi e o espelho...

Eu não acho ´´eu´´ um assunto interessante, e acho estranho justificar minha vida aqui para pessoas estranhas, meio estranhas e não estranhas, mas se é para isso que serve a coisa, então vamos lá.
Pra começar queria falar do meu dia de ontem(05/02), ontem não foi um dia muito bom, na verdade o dia começou até bem, (é incrível como poucas coisas conseguem destruir um dia inteiro) estava ansioso para sair, para conversar e beber até virar a perna. Mas não saiu bem como eu havia planejado, pessoas apareceram, assuntos aconteceram, situações aconteceram, e isso tudo levou a minha noite a um fim não muito agradável. O que eu fiquei mais puto foi que eu já estava quase bêbado e toda a situação me fez voltar ao normal. Enfim, pisei no assunto e o deixei pra trás e espero que lá ele fique. Não estou com raiva ao todo, só estou vendo a situação por um prisma diferente.
Tenho bebido muito ultimamente, uma amiga me disse que meus olhos brilham quando eu estou abrindo uma garrafa de bebida. Ah, vai ver eu estou querendo afogar alguma coisa.
Ultimamente também estou ouvindo músicas antigas, tipo anos 60,70,80. Tenho ouvido de The animals a Procol Harun. Esse tipo de música me deixa nostálgico. Elas me deixam com uma espécie de nostalgia por coisas que não aconteceram, as vezes, penso que isso acontece porquê estou frustrado de como minha vida foi, então fico nostalgico pensando em como minha vida teria sido segundo eu, a minha versão imaginária do meu passado. Isso é falha de carater? Negar o próprio passado?
Estou lendo o livro A brincadeira do Milan Kundera, é o 3º livro deste autor que estou lendo, os anteriores foram Risíveis amores e A insustentável leveza do ser(um dos livros que fuderam minha vida).
´´Realmente amo na mulher, não aquilo que ela é por si mesma, mas a maneira como se aproxima de mim, aquilo que ela representa para mim. Eu a amo como uma personagem de nossa história a dois. Quem seria Hamlet, privado do castelo de Elsinore, de Ofélia, de todas as situações concretas que atravessava, do texto de seu papel? O que sobraria, além de uma essência vazia e ilusória? Da mesma forma, Lucie, sem os subúrbios de Ostrava, sem as rosas entregues através da cerca, sem suas roupas surradas, sem minhas longas semanas de expectativa sem esperança, sem dúvida não seria mais a Lucie que eu amava.
Assim eu concebia, assim eu me explicava as coisas, e, de revê-la, pois sabia que nos encontraríamos num lugar em que Lucie não seria mais Lucie, e que não teria mais como reatar o fio. Não quero dizer com isso que havia deixado de amá-la, que a esquecera, que sua imagem desbotara; ao contrário; ela morava em mim dia e noite, como uma silenciosa nostalgia, eu a desejava como se desejam as coisas perdidas para sempre.
E como Lucie se tornara para mim um passado definitivo (que, coomo passado, vive sempre e, como presente, está morto), lentamente ela perdia para mim sua aparência carnal, material, concreta, para cada vez mais se desfazer em lenda, em mito escrito sobre pergaminho e escondido numa caixa de metal depositada no fundo de minha vida.´´
Por isso eu leio Milan Kundera, com ele passei a entender coisas sobre relacionamento que eu nem imaginava que precisavam ser entendidas. Com Tomas, Sabina, Teresa e Franz ele me mostrou a complexidade dos relacionamentos e mostrou também como é interessante a história da antiga Tchecoslováquia. Indico.
Enfim, como eu disse no começo: eu não sou um assunto interessante, prefiro postar sobre filmes e livros, mas quem sabe eu volte aqui uma hora pra escrever um pouco mais de mim...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mia Kirshner






















Mia Kirshner é uma atriz canadense de cinema e televisão. Já trabalhou com diretores renomados como Aton Egoyan e Brian De Palma. Mas hoje em dia está esquecida fazendo seriados b na televisão norte-americana como o The Vampire Diaries.
Conheci Mia Kirshner no filme ´´Não é mais um besteirol americano (Not another teen movie)´´. Sua personagem é uma sátira da personagem Kathryn Merteuil da versão teen do clássico Ligações perigosas, Segundas intenções(Cruel intentions); o principal foco de seu personagem é seduzir seu meio irmão Sebastian e que alguém defeque em seus peitos. Ela foi indicada ao Mtv movie awards juntamente com a atriz Beverly Polcyn(uma senhora de quase 70 anos) pelo melhor beijo do ano nas telonas.
Quando percebi a existência de Mia Kirshner nesse filme me admirei com sua beleza, com seu olhar sério, porém sedutor e sensual. Ela parece ser aquele tipo de mulher que consegue tudo o que quer só com um olhar fatal; tem um quê de malvada e poderosa na expressão dela. Posso estar errado, mas é o que a aparência dela me mostra. Por isso gostei dela, gosto de mulheres fatais; a última vez que gostei de alguém assim foi da Rie Rasmussen, atriz e modelo dinamarquesa.
Até que um dia vi que ela tinha sito cotada para o novo filme do Brian de Palma (isso já faz um tempo), e fiquei ansioso pra ver no que ia dar.
Então chegou o Dalia Negra que conta a história do brutal assassinato da atriz Elizabeth Short em 1947. Mia Kirshner apagou a estrela de quase todo o elenco feminino do filme que contava com: Scarlett Johansson(uma das minhas atrizes favoritas) e Hilary Swank(vencedora de 2 oscar por personagens lésbicos). Mia só não apagou o brilho da atriz Irlandesa Fiona Shaw, mais conhecida por cinéfilos menos assíduos como a tia Petúnia da série Harry Potter(odeio quando uma boa atriz é conhecida por papéis medíocres), que arrasa no final do filme.
Mia faz caras e bocas na frente de uma câmera (atenção nela na parte da gravação do filme pornô), ofuscando o natural desfile de beldades nas produções do De Palma. Assistam Dalia Negra, eu indico.
Enfim, Mia Kirshner deve voltar aos grandes filmes ao lado de grandes diretores. É incrível como Hollywood é bom desperdiçar talentos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Deixa ela entrar
























Finalmente assisti Deixa ela entrar(Låt Den Rätte Komma In).
Tanta desespero pra vê-lo foi recompensado porquê depois de quase dois anos que estreou, o filme só foi entrar em cartaz na minha cidade semana passada(29/01/2010). Nem acreditei quando vi nos jornais. E enfim, ver no cinema é bem melhor.
´´O filme se passa no subúrbio de Estolcomo,(suspiros vendo as locações do filme), onde o garoto Oskar é atormentado e violentado por seus colegas de classe; até que ele conhece Eli, a garota que se mudou com o pai para o apartamento vizinho ao seu, uma garota estranha e noturna, mas isso não impede Oskar de ver nela amizade. Vários assassinatos acontecem na fria cidade e o círculo se fecha depois que o ´´pai´´ de Eli é pego matando os adolescentes da vizinhaça. Eli faz com que Oskar revide as agressões dos seus amigos de classe e ele ouve seus conselhos, levando a um dos finais mais assustadores e macabros da história do cinema.´´
As locações são de tirar o fôlego, a história faz você suspirar no começo e só voltar a respirar no final, o silêncio, costumeiro nos filmes de terror europeus, é angustiante, e o elenco infantil é maravilhoso. As cenas são de arregalar os olhos e se perguntar se seus olhos estão vendo aquilo mesmo(Spoiler: Como a cena dos membros caindo na piscina). Uma das cenas que mais gostei foi quando Oskar revida a agressão de um de seus agressores, batendo na cabeça do garoto com um pau; o garoto começa a gritar de dor e sua orelha sangra muito, Oskar recebe aqueles gritos, no meio da neve, com um prazer íncrivel e um sorriso de satisfação nos lábios. Aí você lembra do começo, quando ele conhece a Eli, ele tá esfaqueando uma árvore e dizendo: -Grita. -Grita seu porco. Foi aí que percebi que o Oskar era pior que a menina.
Estava conversando com uma amiga depois do filme e ela disse: ´´Ele(Oskar) lembra o Holden Caulfield´´ - Personagem principal do livro O apanhador no campo de centeito. Pensei nisso que ela falou e lembrei de uma cena.(Spoiler) A Eli dizendo pro Oskar depois que ele descobre que ela tem que matar pessoas pra sobreviver: Eu faço isso porquê preciso. Mas se você pudesse, você faria isso só por vingança, só para se satisfazer.´´ É íncrivel como a maioria das pessoas têm grande capacidade para o ´´mal´´, elas só não têm coragem ou são acomodadas demais para fazê-lo. Mas no caso do Oskar há uma desculpa para o ódio. Ele não estava errado em odiar os indivíduos que o agrediam ou levar a vingança até eles. Ele sim, estaria errado em aceitar. O Holden odeia até as coisas que são indiferentes para ele mesmo, sem motivo algum. Após pensar nisso, não concordei 100% com ela.
Vi num site que Hollywood está produzindo um Remake, como fizeram com o Rec(espanhol) e o The ring(Japonês). Alguém tem que dizer aos mazelas de Hollywood que não tem como melhorar a perfeição, no mínimo eles vão é estragar.
Enfim, assistam, é um daqueles filmes de terror que só aparecem de 10 em 10 anos, e eu indico muito.