terça-feira, 12 de outubro de 2010

10 filmes que eu sempre indico.


Tudo sobre minha mãe - Todo sobre mi madre - 1999 - Pedro Almodóvar.



Manhattan - 1979 - Woody Allen.



Stalker - 1979 - Andrei Tarkovsky.



O anjo exterminador - El ángel exterminador - 1962 - Luis Buñuel.



O bêbê de Rosemary - Rosemary´s baby - 1968 - Roman Polanski.



Através de um espelho - Såsom i en spegel - 1961 - Ingmar Bergman.



Os incompreendidos - Les quatre cents coups - 1959 - François Truffaut.



Acossado - A bout de souffle - 1960 - Jean-Luc Godard.



A malvada - All about Eve - 1950 - Joseph L. Mankiewicz.



Metropolis - 1927 - Fritz Lang.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Holden pensa em Allie.



Então resolvi escrever sobre a luva de beisebol do meu irmão Allie. Era um assunto um bocado descritivo, no duro. Meu irmão Allie era canhoto, e por isso tinha uma luva de beisebol para a mão esquerda. Mas o que havia de descritivo nela é que tinha uma porção de poemas escritos em todos os dedos, na cova da luva, por todo canto. Em tinta verde. Ele copiava os poemas na luva porque só assim tinha alguma coisa para ler durante o jogo, quando não havia ninguém arremessando. Ele agora está morto. Teve leucemia e morreu quando nós estávamos em Maine, no dia 18 de julho de 1946. Qualquer um teria que gostar dele. Era dois anos mais moço do que eu, mas umas cinquenta vezes mais inteligente. Os professores deles estavam sempre escrevendo cartas para minha mãe, dizendo que era um grande prazer ter um menino como o Allie na turma. E não era simples conversa mole, era mesmo pra valer. O caso é que ele não era só o mais inteligente da família. Era também o melhor de todos, em muitos sentidos. Nunca ficava aborrecido com ninguém. Dizem que as pessoas de cabelo vermelho estão sempre se irritando com a maior facilidade, mas o Allie nunca brigava, e tinha o cabelo um bocado vermelho...
...Eu só tinha uns treze anos, e meus pais resolveram que eu precisava ser psicanalisado e tudo, porque quebrei todas as janelas da garagem. Mas realmente acho que eles tinham razão. Dormi na garagem na noite em que ele morreu e quebrei a droga dos vidros todos com a mão, sei lá porquê. Tentei até arrebentar os vidros da camioneta que nós tínhamos naquele verão, mas a essa altura minha mão já estava quebrada e tudo, e não consegui. Reconheço que foi o tipo da coisa estúpida de se fazer, mas eu nem sabia direito o que estava fazendo, e vocês não conheciam o Allie. Minha mão ainda dói de vez em quando, nos dias de chuva e tudo, e nunca mais consegui fechar direito a mão assim bem apertada mas, fora isso, não me importo muito. De qualquer jeito, sei que não vou mesmo ser um cirurgião ou um violinista, ou droga nenhuma.

O apanhador no campo de centeio



Seja lá como for, fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto, quer dizer, ninguém grande, a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o quê eu tenho de fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar aonde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto.

domingo, 3 de outubro de 2010

Morte anunciada.



"Todas as formas palpáveis de vida me faltavam.
Agora a estátua que se trajava de beleza está vestida de ruínas.
Meu sangrar corre, mas meu corpo para.
O que movia as folhas? Meu coração? Minas pernas?
Foi isto que sonhei, isto que previ. Este é o meu lugar.
Meus olhos são duros.
Amo e odeio.
Desejo uma só coisa.
Morrer na água castanha onde repousam as folhas mortas."

As ondas - Virginia Woolf.

sábado, 2 de outubro de 2010

Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.



Querido,
Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos. V.

A hora do Lobo



Um minuto pode parecer uma eternidade.
Está começando agora...
Dez segundos...
Como estes segundos se prolongam!
O minuto não se completou ainda...
Você escutou como é silencioso?
É...silencioso.
Havia uma época quando as noites eram para dormir...um sono profundo, sem sonhos!
Temor de ficar acordado todas as noites até amanhecer...
Esta é a pior hora. Sabe do que a chamam?
Os mais velhos a chamam ‘a Hora do Lobo’.
É a hora quando a maioria das pessoas morre.
Quando a maioria das crianças nasce.
Agora é quando os pesadelos vêm nos visitar...
E se estamos acordados...
Ficamos com medo.
Ficamos com medo...
Dentro de mais ou menos uma hora vai clarear.
Aí então, poderei dormir...

sábado, 25 de setembro de 2010

Procol Harum - A whiter shade of pale.



But she smiled at me so sadly
That my anger straight 'way died

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nature Boy




There was a boy
A very strange, enchanted boy
They say he wondered very far
Very far, over land and sea
A little shy and sad of eye
But very wise was he

And then one day,
One magic day he passed my way
While we spoke of many things
Fools and Kings
This he said to me…

The greatest thing you'll ever learn
Is just to love and be loved in return.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Buk e a comparação.



Às vezes, me sinto como se estivéssemos todos presos num filme. Sabemos nossas falas, onde caminhar, como atuar, só que não há uma câmera. No entanto, não conseguimos sair do filme. E é um filme ruim...

Buk e a indignação.



´´Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lementar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até a sua morte. Não reverenciam suas próprias vidas, mijam em suas vidas. As pessoas a cagam. Idiotas fodidos. Concentram-se demais em foder, cinema, dinheiro, família, foder. Suas mentes estão cheias de algodão. Engolem deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas. Seus cérebros estão entupidos de algodão. São feios, falam feio, caminham feio. Toque para elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouvi-la. A maioria das mortes das pessoas é uma empulhação. Não sobra nada pra morrer.´´

domingo, 5 de setembro de 2010

The white stripes - I just don´t know what to do with myself



...Like a summer rose
Needs the sun and rain
I need your sweet love
To beat love away...

Closer



Daniel: Eu não quero te magoar.
Alice: Então por quê magoa?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Harry Haller e uma de suas concepções de mundo.




´´Assim como agora me visto e saio, vou visitar o professor e troco com ele algumas palavras amáveis, mais ou menos falsas, tudo isto contra a minha vontade, assim procede a maioria dos homens que vivem e negociam todos os dias, forçadamente e sem na realidade quere-lo, fazem visitas, mantêm conversações, sentam-se durante horas inteiras em seus escritórios e fábricas, tudo à força, mecânicamente, sem vontade; tudo poderia ser realizado com a mesma perfeição por máquinas ou não se realizar; e essa mecânica eternamente continuada é o que lhes impede, assim como a mim, de exercer a crítica de sua própria vida, reconhecer e sentir sua estupidez e superficialidade, sua desesperada tristeza e solidão. E tem razão, muitíssima razão, os homens que assim vivem, que se divertem com seus brinquedinhos, que correm atrás de seus assuntos, em vez de se oporem à mecânica aflitiva e olharem desesperados o vazio, como faço eu, homem marginalizado que sou. Se às vezes desprezo e té me burlo dos homens nestas páginas, não será por isto que os culpe de minha indigência pessoal! Mas eu, que cheguei tão longe e que estou à margem da vida, de onde se tomba a escuridão sem fundo, cometo uma injustiça e minto, se pretendo enganar-me e enganar os outros, como se funcionasse também para mim aquela mecânica, como se continuasse a pertencer àquele mundo nobre e infantil do eterno jogo.´´

Hermann Hesse, O lobo e o pavor ao dia.





Cada espécie de homens tem suas características, seus aspectos, seus vícios e virtudes e seus pecados mortais. Um dos signos do Lobo da Estepe era o de ser um noctívago. A manhã era para ele a pior parte do dia, causava-lhe temor e nunca lhe trouxera nada de bom. Nunca fora alegre em qualquer manhã de sua vida, nunca fizera nada de bom na primeira metade do dia, não tivera boas idéias, nem divisara nenhum alegria para ele ou para os demais. Ao começar a tarde, ia reagindo lentamente, principiava a se animar e, ao cair da noite, em seus melhores dias, tornava-se frutífero, ativo e, às vezes, até brilhante e alegre. Disso decorria sua necessidade de isolamento e de independência. Nunca existiria um homem com tão profunda e apaixonada necessidade de independência como ele.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Johnny Cash e um garoto chamado Sue.




A Boy Named Sue

Well, my daddy left home when I was three,
and he didn't leave much to ma and me,
Just this old guitar and an empty bottle of booze.

Now I don't blame him 'cause he run and hid,
But the meanest thing that he ever did,
Was before he left he went and named me Sue.

Well, he musta thought that it was quite a joke,
An' it got a lot of laughs from lots a folks,
Seems I had to fight my whole life through.

Some gal would giggle and I'd get red,
And some guy'd laugh and I'd bust his head,
I'll tell ya, life ain't easy for a boy named Sue.

I grew up fast and I grew up mean,
My fist got hard and my wis got keen,
I roamed from town to town to hid my shame.

But I made me a vow to the moon and stars,
I'd search the honky-tonks and bars,
And kill that man that gave me that awful name.

Well, it was Gatlandburg in mid-July,
I'd just hit town and my throat was dry,
thought I'd stop and have myself a brew.

In and old saloon on a street of mud,
There at a table dealin' stud,
Sat the dirty, mangy dog that named me Sue.

Well I knew that snake was my own sweet dad,
from a worn out picture that my mother had,
& I knew that scar on his cheek & his evil eye.

He was big and bent and grey and old,
And I looked at him and my blood ran cold, and I said,
"My name is Sue! how do you do! Now you gonna die!"
Yeah that's what I told him.

Well, I hit him hard right between the eyes,
And he went down but to my surprise,
Come up with a knife a cut off a piece o' my ear.

I busted a chair right across his teeth,
And we crashed through the wall and into the street,
Kickin' and a gougin' in the the mud and the blood and thebeer.

I tell you I've fought tougher men,
but I really can't remember when,
he kicked like a mule & bit like a crocodile.

Well I heard him laugh and then I heard him cuss,
He went for his gun but I pulled mine first,
He stood there lookin' at me and I saw him smile.

And he said, "Son, this world is rough,
And if a man's gonna make it he's gotta be tough,
And I know I wouldn't be there to help you along.

So I gave that name and I said goodbye,
I knew you'd have to get tough or die,
And it's that name what helped to make you strong.

Now you just fought one hell of a fight,
And I know you hate me and ya got the right,
To kill me now and I wouldn't blame you if you do.

But you oughtta thank me before I die,
For the gravel in your gut and the spit in your eye,
'Cause I'm the ------- that named you Sue."

Well, what could I do, what COULD I do?
Well I got a choked up and threw down my gun,
Called him a pa and he called me a son,
And I come away with a different point of view.

I think about him now and then,
Every time I try and every time I win,
And if I ever have a son,
I think I'm gonna name him,
Bill or George anything but Sue!
I still hate that name!

Edvard Munch e a minha situação.






O grito - A Melancolia - Madonna.



E essas são as obras do Munch que dizem perfeitamente como eu estou me sentindo no momento.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Space oddity - David Bowie.


This is Major Tom to ground control.
I'm stepping through the door.
And I'm floating in the most peculiar way.
And the stars look very different today.

Bukowski - Pulp.


Frequentemente, os melhores momentos na vida são quando a gente não está fazendo nada, só meditando, ruminando. Quer dizer, a gente pensa que todo mundo é sem sentido, aí vê que não pode ser tão sem sentido assim se a gente percebe que é sem sentido, e essa consiência da falta de sentido já é quase um pouco de sentido. Sabe como é? Um otimismo pessimista.

Going Inside - John Frusciante.


You don't throw your life away.
Going inside.
You get to know who's watching you.
And who besides you resides.

segunda-feira, 1 de março de 2010

+ Buk

















Tudo o que era mau atraía-me:
Gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma opinião política, nenhuma idéia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil.





domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bukowski sugere:

























Acho que você tem que enfiar a cara na lama, de vez em quando, acho que você tem que saber o que é uma prisão, o que é um hospital. Acho que você tem que saber o que é ficar sem comer por uns quatro ou cinco dias. Acho que viver com mulheres loucas faz bem para a espinha. Acho que você pode escrever com satisfação e liberdade depois de passar pelo aperto...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Phillipi e o espelho...

Eu não acho ´´eu´´ um assunto interessante, e acho estranho justificar minha vida aqui para pessoas estranhas, meio estranhas e não estranhas, mas se é para isso que serve a coisa, então vamos lá.
Pra começar queria falar do meu dia de ontem(05/02), ontem não foi um dia muito bom, na verdade o dia começou até bem, (é incrível como poucas coisas conseguem destruir um dia inteiro) estava ansioso para sair, para conversar e beber até virar a perna. Mas não saiu bem como eu havia planejado, pessoas apareceram, assuntos aconteceram, situações aconteceram, e isso tudo levou a minha noite a um fim não muito agradável. O que eu fiquei mais puto foi que eu já estava quase bêbado e toda a situação me fez voltar ao normal. Enfim, pisei no assunto e o deixei pra trás e espero que lá ele fique. Não estou com raiva ao todo, só estou vendo a situação por um prisma diferente.
Tenho bebido muito ultimamente, uma amiga me disse que meus olhos brilham quando eu estou abrindo uma garrafa de bebida. Ah, vai ver eu estou querendo afogar alguma coisa.
Ultimamente também estou ouvindo músicas antigas, tipo anos 60,70,80. Tenho ouvido de The animals a Procol Harun. Esse tipo de música me deixa nostálgico. Elas me deixam com uma espécie de nostalgia por coisas que não aconteceram, as vezes, penso que isso acontece porquê estou frustrado de como minha vida foi, então fico nostalgico pensando em como minha vida teria sido segundo eu, a minha versão imaginária do meu passado. Isso é falha de carater? Negar o próprio passado?
Estou lendo o livro A brincadeira do Milan Kundera, é o 3º livro deste autor que estou lendo, os anteriores foram Risíveis amores e A insustentável leveza do ser(um dos livros que fuderam minha vida).
´´Realmente amo na mulher, não aquilo que ela é por si mesma, mas a maneira como se aproxima de mim, aquilo que ela representa para mim. Eu a amo como uma personagem de nossa história a dois. Quem seria Hamlet, privado do castelo de Elsinore, de Ofélia, de todas as situações concretas que atravessava, do texto de seu papel? O que sobraria, além de uma essência vazia e ilusória? Da mesma forma, Lucie, sem os subúrbios de Ostrava, sem as rosas entregues através da cerca, sem suas roupas surradas, sem minhas longas semanas de expectativa sem esperança, sem dúvida não seria mais a Lucie que eu amava.
Assim eu concebia, assim eu me explicava as coisas, e, de revê-la, pois sabia que nos encontraríamos num lugar em que Lucie não seria mais Lucie, e que não teria mais como reatar o fio. Não quero dizer com isso que havia deixado de amá-la, que a esquecera, que sua imagem desbotara; ao contrário; ela morava em mim dia e noite, como uma silenciosa nostalgia, eu a desejava como se desejam as coisas perdidas para sempre.
E como Lucie se tornara para mim um passado definitivo (que, coomo passado, vive sempre e, como presente, está morto), lentamente ela perdia para mim sua aparência carnal, material, concreta, para cada vez mais se desfazer em lenda, em mito escrito sobre pergaminho e escondido numa caixa de metal depositada no fundo de minha vida.´´
Por isso eu leio Milan Kundera, com ele passei a entender coisas sobre relacionamento que eu nem imaginava que precisavam ser entendidas. Com Tomas, Sabina, Teresa e Franz ele me mostrou a complexidade dos relacionamentos e mostrou também como é interessante a história da antiga Tchecoslováquia. Indico.
Enfim, como eu disse no começo: eu não sou um assunto interessante, prefiro postar sobre filmes e livros, mas quem sabe eu volte aqui uma hora pra escrever um pouco mais de mim...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mia Kirshner






















Mia Kirshner é uma atriz canadense de cinema e televisão. Já trabalhou com diretores renomados como Aton Egoyan e Brian De Palma. Mas hoje em dia está esquecida fazendo seriados b na televisão norte-americana como o The Vampire Diaries.
Conheci Mia Kirshner no filme ´´Não é mais um besteirol americano (Not another teen movie)´´. Sua personagem é uma sátira da personagem Kathryn Merteuil da versão teen do clássico Ligações perigosas, Segundas intenções(Cruel intentions); o principal foco de seu personagem é seduzir seu meio irmão Sebastian e que alguém defeque em seus peitos. Ela foi indicada ao Mtv movie awards juntamente com a atriz Beverly Polcyn(uma senhora de quase 70 anos) pelo melhor beijo do ano nas telonas.
Quando percebi a existência de Mia Kirshner nesse filme me admirei com sua beleza, com seu olhar sério, porém sedutor e sensual. Ela parece ser aquele tipo de mulher que consegue tudo o que quer só com um olhar fatal; tem um quê de malvada e poderosa na expressão dela. Posso estar errado, mas é o que a aparência dela me mostra. Por isso gostei dela, gosto de mulheres fatais; a última vez que gostei de alguém assim foi da Rie Rasmussen, atriz e modelo dinamarquesa.
Até que um dia vi que ela tinha sito cotada para o novo filme do Brian de Palma (isso já faz um tempo), e fiquei ansioso pra ver no que ia dar.
Então chegou o Dalia Negra que conta a história do brutal assassinato da atriz Elizabeth Short em 1947. Mia Kirshner apagou a estrela de quase todo o elenco feminino do filme que contava com: Scarlett Johansson(uma das minhas atrizes favoritas) e Hilary Swank(vencedora de 2 oscar por personagens lésbicos). Mia só não apagou o brilho da atriz Irlandesa Fiona Shaw, mais conhecida por cinéfilos menos assíduos como a tia Petúnia da série Harry Potter(odeio quando uma boa atriz é conhecida por papéis medíocres), que arrasa no final do filme.
Mia faz caras e bocas na frente de uma câmera (atenção nela na parte da gravação do filme pornô), ofuscando o natural desfile de beldades nas produções do De Palma. Assistam Dalia Negra, eu indico.
Enfim, Mia Kirshner deve voltar aos grandes filmes ao lado de grandes diretores. É incrível como Hollywood é bom desperdiçar talentos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Deixa ela entrar
























Finalmente assisti Deixa ela entrar(Låt Den Rätte Komma In).
Tanta desespero pra vê-lo foi recompensado porquê depois de quase dois anos que estreou, o filme só foi entrar em cartaz na minha cidade semana passada(29/01/2010). Nem acreditei quando vi nos jornais. E enfim, ver no cinema é bem melhor.
´´O filme se passa no subúrbio de Estolcomo,(suspiros vendo as locações do filme), onde o garoto Oskar é atormentado e violentado por seus colegas de classe; até que ele conhece Eli, a garota que se mudou com o pai para o apartamento vizinho ao seu, uma garota estranha e noturna, mas isso não impede Oskar de ver nela amizade. Vários assassinatos acontecem na fria cidade e o círculo se fecha depois que o ´´pai´´ de Eli é pego matando os adolescentes da vizinhaça. Eli faz com que Oskar revide as agressões dos seus amigos de classe e ele ouve seus conselhos, levando a um dos finais mais assustadores e macabros da história do cinema.´´
As locações são de tirar o fôlego, a história faz você suspirar no começo e só voltar a respirar no final, o silêncio, costumeiro nos filmes de terror europeus, é angustiante, e o elenco infantil é maravilhoso. As cenas são de arregalar os olhos e se perguntar se seus olhos estão vendo aquilo mesmo(Spoiler: Como a cena dos membros caindo na piscina). Uma das cenas que mais gostei foi quando Oskar revida a agressão de um de seus agressores, batendo na cabeça do garoto com um pau; o garoto começa a gritar de dor e sua orelha sangra muito, Oskar recebe aqueles gritos, no meio da neve, com um prazer íncrivel e um sorriso de satisfação nos lábios. Aí você lembra do começo, quando ele conhece a Eli, ele tá esfaqueando uma árvore e dizendo: -Grita. -Grita seu porco. Foi aí que percebi que o Oskar era pior que a menina.
Estava conversando com uma amiga depois do filme e ela disse: ´´Ele(Oskar) lembra o Holden Caulfield´´ - Personagem principal do livro O apanhador no campo de centeito. Pensei nisso que ela falou e lembrei de uma cena.(Spoiler) A Eli dizendo pro Oskar depois que ele descobre que ela tem que matar pessoas pra sobreviver: Eu faço isso porquê preciso. Mas se você pudesse, você faria isso só por vingança, só para se satisfazer.´´ É íncrivel como a maioria das pessoas têm grande capacidade para o ´´mal´´, elas só não têm coragem ou são acomodadas demais para fazê-lo. Mas no caso do Oskar há uma desculpa para o ódio. Ele não estava errado em odiar os indivíduos que o agrediam ou levar a vingança até eles. Ele sim, estaria errado em aceitar. O Holden odeia até as coisas que são indiferentes para ele mesmo, sem motivo algum. Após pensar nisso, não concordei 100% com ela.
Vi num site que Hollywood está produzindo um Remake, como fizeram com o Rec(espanhol) e o The ring(Japonês). Alguém tem que dizer aos mazelas de Hollywood que não tem como melhorar a perfeição, no mínimo eles vão é estragar.
Enfim, assistam, é um daqueles filmes de terror que só aparecem de 10 em 10 anos, e eu indico muito.